Saudade

01 outubro 2009

Dormi. E sonhei que não precisava mais sonhar. Vi a vida preenchida de sentido. Senti como se o único caminho possível fosse abrir-me para a realidade, embriagar-me de realidade.
Eu dormi uma noite longa onde tudo era escuro e vivo. Dormi como criança, encolhida de frio, de medo.
Eu simplesmente dormi. E sonhei aquele sonho que se sonha quando não se sonha nada. E o escuro, o frio, o vazio me ensinaram mais uma vez a ser pura, a ser real.

Foi quando os dois olhos amarelos do Adônis surgiram para me lembrar que não voltarei a ser criança. Nunca mais.

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