Eu tenho um corpo. Eu vivo num corpo. Eu sou um corpo.
O corpo é algo limitado: é possível encostar em outros corpos, mas é impossível penetrá-los. E tocar é muito pouco, tocar é quase nada. Eu não me contento com o mero contato: eu quero a fusão.
Eu quero misturar; quero alterar o que sou por meio do outro, de outros. Presa aqui dentro, sozinha, não posso. Sozinha eu não posso e nem quero.
Mas só encostando eu não sinto...
Sou insensível demais: eu sou bruta. Não quero a superfície, não quero a sutileza.
Quero ultrapassar o limite, quero muito mais que o toque, quero o entrelaçamento completo, profundo, silencioso, e impossível.
16 novembro 2009
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6 respostas:
anseia
pela buceta
da sereia
coisas
impossíveis
Porque aonde quer que eu vá, um poeta sempre passou lá primeiro.
Achei que alguém tinha dito que não comentaria mais no meu blog...
Eu cheguei a conclusão que o entrelaçamento não é impossível, não.
E como ele seria?
Leia o último post do Rafael.
;)
UI!rs . . .
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